sábado, 12 de novembro de 2011

MUDANDO DE ASSUNTO...

Abro um parênteses na linha de artigos que publico no Blog para fazer referência a um caso de bastante repercussão em nossa cidade. Trata-se da prisão em flagrante de diversas pessoas na última sexta-feira, entre elas uma advogada criminalista.

Sem fazer citações de nomes, pois não é esta a intenção, o fato é que foram ratificadas as prisões de quatro pessoas por tráfico de drogas, associação ao tráfico, sendo, duas delas, também por corrupção ativa. Tal ocorreu após o oferecimento e tentativa de entrega de R$10.000,00 (dez mil reais) para evitar a lavratura do flagrante.

É importante ressaltar o compromisso com a verdade, com a legalidade e com a justiça que tem pautado nossa conduta, independentemente da qualidade de quem é conduzido à delegacia. Agir com retidão e buscar fazer a coisa certa nos parece ser o melhor caminho a ser seguido.

O judiciário, por sua vez, converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, alegando a necessidade de sua  manutenção.

Para acesso à integra dos acontecimentos, posto o link do site Plox, que, com absoluta isenção e competência, narrou os fatos: http://plox.com.br/caderno/policia/juiz-ipatinga-determina-prisao-preventiva-advogada-que-permanece-ceresp

sábado, 5 de novembro de 2011

PELOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Neste fim de semana, 04 e 05 de novembro, está sendo realizada em Ipatinga a 16ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, voltada à discussão da identificação e efetiva prática de políticas públicas dirigidas ao resguardo desta parcela da população infelizmente esquecida pelo Poder Público.

 Na oportunidade, muito se enfatizou acerca da necessidade de colocar em prática as inúmeras propostas já apresentadas, nos diversos encontros realizados.

O que se constatou, por outro lado, foi a ausência de recursos destinados à viabilização das políticas públicas para a efetiva implementação destas propostas já tão amplamente idealizadas ao longo das 16 conferências realizadas em nossa cidade (e em diversas outras destas Gerais).

Não é demais ressaltar que a população está farta de discursos e de promessas vazias. O que se deve enfatizar, na verdade, é que não se faz política pública sem investimentos, sem reserva e destinação orçamentárias. É preciso começar a ter coragem de “colocar o dedo na ferida” e externar que a assistência social e a proteção à criança e ao adolescente não tem sido prioridade em nossos governos ( e me refiro aos três entes da Federação- União, Estados e Municípios).

Ao se analisar uma LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), um PPA (Plano Plurianual) ou a própria LOA (Lei Orçamentária Anual), o que se verifica é um crescente corte nos investimentos destinados à assistência social. E pior, quando se busca verificar o investimento destinado especificamente às políticas públicas voltadas à criança e ao adolescente, muitas vezes se percebe que o valor é zero.

Em razão disto, fica a pergunta: como mudar a realidade, então? Como implementar os projetos tão amplamente discutidos nas conferências?

Precisamos rever nossos valores e nossas prioridades. Se desejamos realmente uma sociedade diferente no futuro, urge cuidarmos deste “futuro”. E quem é ele, senão nossas crianças e nossos adolescentes?!

Chamou-me a atenção o texto utilizado para abrir a palestra do dia 04. De autoria do saudoso Herbert de Souza (o “Betinho”), apesar de antigo, o pensamento é cada dia mais atual. Disse o Sociólogo: “Enquanto houver uma criança ou adolescente sem as condições mínimas básicas de existência, não teremos condições de nos encarar uns aos outros com a tranquilidade dos que estão em paz com sua consciência. Vivemos hoje a situação do escândalo de negar condições de humanidade àqueles que só podem existir com o nosso amor”.

Quando ouço os discursos daqueles que tem nas mãos o poder de mudar esta realidade (e isto quando uns poucos ainda ousam discursar, já que a maioria não se interessa sequer em participar de eventos que tratam da matéria), diante do vazio de suas palavras, inevitavelmente me lembro das filosofias de Friedrich Nietzsche.

Os pensamentos do filósofo alemão, apesar de sua conhecida tendência crítica a real existência de uma moral no agir do ser humano, sobretudo a defendida por Kant (a quem Nietzsche chama de “fanático da moral, uma tarântula catastrófica”), acabam por ser - infelizmente – atuais. Isto porque a implementação das políticas públicas que tanto buscamos hoje foram objeto de promessas políticas num passado não tão remoto assim. Em verdade, suplicamos hoje pelo cumprimento das promessas de ontem, nada mais do que isto.

Talvez, se Nietzsche viesse a se manifestar, diante do que aqui se expõe, repetiria o que disse na obra Sobre Verdade e Mentira: “O que é, pois, a verdade? Um exército móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismo, numa palavra, uma soma de relações humanas que foram realçadas poética e retoricamente, transpostas e adornadas, e que, após uma longa utilização, parecem a um povo consolidadas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões das quais se esqueceu que elas assim o são.”

Mas prefiro acreditar na força dos que tentam, hoje, fazer a diferença, na garra dos que acreditam na mudança. Para tanto, nos parece mais apropriado meditar no Imperativo Categórico trazido por Immanuel Kant, idealizador de um agir humano baseado na ética e na moral, como elementos basilares daquele preceito. Afirma o filósofo:

Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal”.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

COMBATE À PEDOFILIA

Na última sexta-feira (28/10) tive a oportunidade de participar da BLITZ CONTRA A PEDOFILIA, organizada pela InterCement (empresa Cauê) em parceria com o programa Na Mão Certa, ocorrida na BR 381, na altura do bairro Veneza, em Ipatinga. O evento teve o objetivo de abordar todos os caminhoneiros que passavam pelo local e, na ocasião, se trazia a reflexão da importância de se combater o abuso sexual contra crianças e adolescentes, focando, principalmente, na proteção das jovens que ficam à beira das estradas, por este Brasil afora.


Todos os motoristas recebiam um “kit” com material informativo, camisas e orientações quanto aos modos de denúncia, inclusive para o “disque 100”.

O movimento teve a adesão, também, de diversos postos de combustíveis da cidade, todos imbuídos na luta contra a pedofilia.

Mais uma vez é importante frisar a importância de uma união entre todos os setores da sociedade em prol da luta pela proteção às nossas crianças e adolescentes. E, como Autoridade Policial, durante alguns anos à frente da Delegacia de Menores (de proteção à criança e ao adolescente) de Ipatinga, não poderia ficar de fora. Literalmente “VESTI A CAMISA”, assim como fiz no “COMBATE ÀS DROGAS”, e estou certo de que estas ações sociais e preventivas nos conduzirão a um futuro onde nossos jovens terão maiores oportunidades, terão novas escolhas.

Este é o sonho que tenho alimentado a cada dia e sei que é o sonho de cada pessoa de bem que deseja uma Ipatinga melhor e mais segura para se viver.